Encontro de todas as artes
Tentativa de criar um estilo de luta perfeito gerou o maior torneio de combate do mundo
Um sonho gestado na alma de brasileiros, embalado
na sina de uma família, revigorado na estratégia de um norte-americano. A
história do MMA (Artes Marciais Mistas, em português) peregrinou da tentativa
audaciosa de criar um novo estilo de luta até os milhões de dólares gerados
pelas transmissões televisivas negociadas pelo empresário Dana White, no início
do século XXI. Uma trajetória costurada ao passado e à obstinação dos Gracie,
descendentes de escoceses, nascidos em Belém, capital do Pará. Na década de
1920, os irmãos Carlos e Hélio decidiram aperfeiçoar o jiu-jitsu japonês e
torná-lo modalidade de confronto pela qual o lutador mais fraco poderia superar
o mais forte com emprego de técnicas de domínio do oponente, como imobilização,
alavancas, torções e estrangulamentos. O objetivo mirou o impossível: a nova
face da arte marcial asiática deveria se tornar, a partir do refinamento
tupiniquim, o tipo ideal de combate dentro de um ringue. Germinaram daí as
raízes do jiu-jitsu brasileiro.
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